domingo, maio 24, 2009

Sino(a)







Carlos Henrique de Pontes Vieira

Carlô havia morrido,
tio e padrinho querido.
Um dia em casa pensando
sobre a vida e seu fim, quando:

Soa o sino, soa o sino,
tristemente, todavia,
e me transporto ao menino
que já fui, decerto, um dia.

Do passado, melodia
de um domingo plangente
enche de melancolia
todo o coração da gente.

Pára de soar o sino
e o silêncio pungente
no nosso tênue destino
me faz pensar de repente.

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