terça-feira, setembro 04, 2012

Por que perseguem José Dirceu?

Porque foi Dirceu quem

01 – deu a ideia de se regular as mídias, criar uma Ley De Medios.
02 – dividiu a publicidade do governo entre 9.000 veículos. Era entre 499, a Globo ficava com 80%. Hoje, 16%.
03 – criou o Ministério das Cidades que acabou com o poder dos coronéis locais.
04 – acabou com a farra dos livros didáticos publicados pela Editora Abril e Fundação Roberto Marinho.
05 – articulou e viabilizou a governabilidade do governo Lula.
06 – barrou Demóstenes de ser o Secretário Nacional de Justiça. Este e Cachoeira querem ferrar Dirceu.
07 – idealizou criar um controle externo sobre o MP.
08 – tentou barrar o nome de Peluso para o STF. Márcio Thomaz Bastos forçou a barra.
09 - fechou as portas do BNDES à mídia: “dinheiro só para fomentar desenvolvimento, jamais pagar dívidas”.
10 – fez o BNDES parar de financiar as privatizações e deixar de ser hospital para empresas privadas falidas.

segunda-feira, setembro 03, 2012

Tucanolices e coisas sérias

O maior feito monetário do conservadorismo brasileiro foi jogar a taxa de juro do país no patamar meliante de 44%. O colosso se deu em 1999.Paradoxalmente na gestão do principal analista financeiro da atualidade, Fernando Henrique Cardoso, que se dedica à generosa tarefa de explicar à Presidenta Dilma,como se sabe uma jejuna em economia perto dos seus cabedais, que o problema central da Nação hoje é o legado do ciclo Lula. Para ficar apenas no alicerce fiscal/monetário: em dezembro de 2002 -- último mês do PSDB na Presidência da República-- a relação dívida/PIB atingia estratosféricos 63,2%, praticamente o dobro dos 30,2% existentes no início do ciclo tucano, em 1994. Anote-se: isso, depois de um salto da carga fiscal, que passou de 28,6% para 35% no período. Hoje a relação dívida/PIB é de 35%; a previsão para 2013 é de 32,7%. Reverteu-se o desastre com uma oscilação de apenas 2 pontos na receita tributária, sem considerar as desonerações e incentivos fiscais. A média da taxa de juros real (acima da inflação) no período de 1997 a 1999 foi de estupendos 21,4%. Hoje é de inéditos 1,98%. Regressões e digressões tucanas, um pleonasmo, elidem o que de fato importa: apesar da queda de 4,5 pontos nos juros desde agosto de 2011, o orçamento de 2013 reserva aos rentistas R$ 108 bi; destina R$ 38 bi à educação e R$ 79,4 bi à saúde. Aos investimentos ( PAC e Minha Casa) couberam R$ 187 bi. Mesmo que se reduza à metade o gasto com juro, o espaço fiscal para um salto substantivo --indispensável-- nos recursos aos investimentos e serviços essenciais continuará magro. Depois da vitórias contra a pobreza, chegou a vez de afrontar a desigualdade. Entre outras tarefas estruturais, isso pressupõe ampliar o universo tributável de modo a abranger o estoque da riqueza existente. O oposto das tolices regurgitadas por FHC.  (Carta Maior)