sexta-feira, outubro 29, 2010

O voto no Serra

A inteligente ironia dos universitários

Cinco razões para votar na Dilma

Até Joelmir Beting sucumbiu aos fatos.

quarta-feira, outubro 27, 2010

sexta-feira, outubro 22, 2010

Visão Política: o ardil

Caíque Vieira - Advogado


Assisti nesta semana ao programa Visão Política que debatia a campanha eleitoral. Chamou minha atenção o contraditório ponto de vista de um dos debatedores.

Em um momento ele se mostrava preocupado com a configuração do Congresso com a maioria pró Dilma. Ele desprezava a escolha popular desta configuração e temia o risco de uma revolução bolivariana aqui no Brasil, dada a facilidade que ela teria em governar.

Em seguida ele defendeu o desvio da campanha para temas que o professor Giuseppe Cocco chamou de leilão das paixões tristes (machismo, sexismo, racismo), argumentando que esses temas são preocupações do povo e, sendo assim, merecem ser levados á campanha, como fez Serra, e debatidos. Quem os criticava era a elite que não gosta do povo.

Há nesses dois argumentos uma visível orientação pró-Serra que ele tentava esconder, mostrando neutralidade.

No primeiro ele defendia o ponto de vista de que a eleição do presidente que não se beneficiasse desta maioria seria a possibilidade da volta ao equilíbrio de forças no poder, não levando em consideração, além da legítima escolha do eleitorado, o fato de que este presidente levaria a cabo, como sempre acontece em tais circunstancias, o processo de negociatas para a formação de sua maioria, o famigerado “toma lá, dá cá”.

No segundo argumento, ele tentou inverter, ardilosamente, a favor de Serra - e de si próprio, como seu eleitor - que quem defendia os legítimos interesses do povo e de seus temas era ele, os outros dois eram representantes de uma elite que odiava o povo.

Ora, num argumento a escolha do povo é negligenciada, no outro é supervalorizada e ambos argumentos orientados para a alternativa da escolha do mesmo candidato. Não sei se os telespectadores conseguiram detectar esse ardil - o de confundir - bem próprio da direita.

terça-feira, outubro 19, 2010

Manifestação dos intelectuais pró-Dilma

Cenas familiares - 1950

Gilberto Gil apóia Dilma

Ato dos artista e intelectuais pró-Dilma


CHICO BUARQUE NO ATO PRÓ-DILMA:

"Venho aqui reiterar meu apoio entusiasmado à campanha da Dilma. A forma de governar de Lula é diferente. Ele não fala fino com Washington, nem fala grosso com Bolívia e Paraguai. Por isso, é ouvido e respeitado no mundo todo. Nunca houve na História do país algo assim"

CENTENAS DE INTELECTUAIS LOTAM O TEATRO CASAGRANDE NO RIO. APOIO A DILMA SUPERA ATO PARA LULA EM 2002. TELÕES SÃO COLOCADOS NA CALÇADA PARA OS QUE NÃO CONSEGUIRAM ENTRAR

Marilena Chauí fez um dos discursos mais aplaudidos da noite; classificou os panfletos anti-Dilma como "obscenos". De Oscar Niemeyer a Leonardo Boff; de Chico Buarque a Elba Ramalho; de Emir Sader a Fernando Meirelles, a cultura brasileira em peso foi dizer sim à continuidade do governo Lula e não ao retrocesso obscurantista. Dilma em seu discurso agradeceu o apoio: “As músicas que ouvi e os livros que eu li estão aqui, com todos esses cantores e artistas". Ela defendeu o investimento em cultura e educação como elos indissociáveis de um verdadeiro processo de desenvolvimento: "Não existem formas de dar qualidade ao processo sem valorizar as pessoas. Para diminuir a desigualdade pela raiz é preciso gastar dinheiro com educação de qualidade, pagando professores de forma digna, não recebê-los com cassetetes”. A candidata agradeceu a Emir Sader, organizador do encontro, dizendo: 'Foi o ato mais lindo de toda a campanha'[saiba como participar: 'Inteligência brasileira se mobiliza contra Serra']


ATENTADO À LIBERDADE DE IMPRENSA:
CAMPANHA DE SERRA IMPÕE CENSURA À REVISTA DOS TRABALHADORES

TSE , obsequioso, manda recolher a edição da 'Revista do Brasil' sob alegação de apoio à candidatura Dilma. E o que diz a Folha? Aspas:... ligada à Central Única do Trabalhador (CUT), [a revista do Brasil] proibida de circular pela Justiça Eleitoral, por apresentar conteúdo favorável à campanha da presidenciável petista Dilma Rousseff, teve anúncios pagos pela estatal Petrobras e pelo Banco do Brasil..." A Veja não teve? Ah, a Folha, uma sentinela da isenção...

ENREDO PARA GARCIA MÁRQUEZ

Dom Bergonzini, bispo da extrema direita num país latinoamericano, encomenda 20 milhões de panfletos que simulam a chancela da Igreja católica para atacar e caluniar a candidata da esquerda nas eleições presidenciais. Um lote do material é descoberto na gráfica da irmã do coordenador da campanha adversária, encabeçada por um falso carola, um papa hostia de ocasião, apoiado pelos endinheirados e conservadores, cuja hipocrisia explode na figura da esposa, uma bailarina que fez aborto e acusa a adversária do marido de ser ' a favor de matar as criancinhas’. A imprensa sem escrúpulos resiste em perguntar: --De onde veio o dinheiro, Dom Bergonzini? Tampouco cogita indagar se o bispo e os donos da gráfica tem contato com outro personagem obscuro, um certo Paulo Preto --que o candidato da hipocrisia conservadora chama de 'Paulo afro-descendente'. Apontado como o caixa 2 da campanha da direita, Paulo desviou R$ 4 milhões, mas guarda segredos e fez ameaças, obrigando o líder a ir aos jornais e declará-lo um cidadão acima de qualquer suspeita.[Leia outras perguntas silenciadas]
(Carta Maior; 19-10)

segunda-feira, outubro 18, 2010

sábado, outubro 16, 2010

Segundo turno: luz versus trevas

A campanha de Serra mudou o símbolo do PSDB: o tucano foi tangido para longe e em seu lugar entra um corvo, desses de cemitério. O candidato foi buscar reforço abrindo as tampas das tumbas do obscurantismo.

Adalberto Monteiro - Jornalista e escritor. É presidente da Fundação Maurício Grabois e editor da revista Princípios

Serra patrocina o re-surgimento de abordagens e personagens já superadas pela democracia brasileira. A TFP (Tradição, Família e Propriedade) com a indumentária fedendo a mofo infesta blogs e avenidas. Guetos fundamentalistas panfletam suas bulas. O tema do aborto é criminosamente banalizado. A religiosidade do povo é manipulada para fins eleitoreiros.

“Trevas, volver” é a palavra de ordem da oposição neoliberal. Os inquisidores de Serra fazem rondas, empreendem implacável caçada aos hereges. Um deles pergunta para Dilma numa coletiva: “A senhora é homossexual?”. Serra, em riba de um caminhão, em Goiânia, ergue e beija um crucifixo. A senhora, esposa dele, diz que Dilma quer “matar criancinhas.” Sua campanha espalha a mentira e insufla a homofobia. Seu braço midiático cultiva a peste do preconceito. Estampam manchetes que somente os nordestinos e os pobres estão com Dilma. Acaso, não são brasileiros?

Mesmo realizando uma campanha desse naipe proclama que somente ele pode unir o Brasil. Muito ao contrário. O preconceito, o ódio, o obscurantismo - ingredientes da desagregação - jamais serão o cimento da união. A unidade nacional é um bem caro ao Brasil. Foi forjada num processo histórico prolongado e contraditório. É com base nessa unidade que, no presente, o governo do presidente Lula deu passos importantes para superar as desigualdades e deformações de nossa sociedade.

A campanha de Serra destila ácido corrosivo para minar a união do povo brasileiro. Católicos, evangélicos, espíritas, budistas, mulçumanos, judeus, praticantes das religiões afro-brasileiras, agnósticos, ateus, entre todos amplamente predomina a tolerância religiosa e todos valorizam o nosso Estado Laico compromissado com a liberdade religiosa. Liberdade religiosa lavrada pela Constituinte de 1946, por iniciativa do escritor Jorge Amado, então membro da bancada do Partido Comunista do Brasil.

Serra abriu as tumbas do obscurantismo e sabe que o reacionarismo que delas emergiu é incontrolável. Essas “criaturas”, caso ele vença, vão cobrar as duplicatas. Serra se autointitula “candidato do bem”, mas zelou um pacto com que há demais atrasado na sociedade brasileira. Tergiversa. Diz que não tem nada a ver com isso. Bota fogo na floresta e depois culpa a própria floresta. É um “pactuado” tal e qual Riobaldo de Grande Sertão, Veredas.

Obterá a vitória depois de ter vendido a alma?

As forças da luz, do desenvolvimento, do progresso social, da democracia, da liberdade, da tolerância, do sonho, do respeito ao outro deitaram raízes muito profundas no chão deste país continental. As gerações que nos precederam e nos formaram sofreram em demasia com o ódio, o autoritarismo, o preconceito que a campanha de Serra, hoje, acolhe e fermenta.

A luz vencerá as trevas. Mas, para isso, cada brasileiro, cada brasileira, verdadeiramente do bem, tem de sair às ruas com sua tocha acesa. E essa tocha é a bandeira de Dilma presidente.

Às ruas, ao bom combate cidadãos, cidadãs!

Ofensiva pró Dilma


PORTO ALEGRE SE LEVANTA:
TARSO GENRO MOBILIZA DOIS MIL MILITANTES

" Um tom de urgência, gravidade e intensa mobilização marcou praticamente todas as intervenções"
[leia reportagem de Marco A. Weissheimer nesta pág.]

Participantes saíram do encontro orientados para se incorporar aos núcleos de campanha organizados em diferentes pontos do Estado; um pré-roteiro com atividades previstas até 31 de outubro comandará a busca pelos votos nas ruas.

No Rio, na 2º feira, dia 18, no teatro Oi Casagrande, intelectuais liderados por Chico Buarque, Emir Sader, Eric Nepomuceno e Leonardo Boff entregam manifesto de apoio a Dilma Rousseff.

Em São Paulo, sábado, dia 16, às 10:30, caminhada pró-Dilma na Vila Madalena; concentração, rua Rodésia, 398.

E na 3º feira, dia 19, às 19 horas, a campanha pró-Dilma tem encontro marcado na PUC-SP, Monte Alegre ,1024. O ato está sendo organizado pelo jurista Celso Antônio Bandeira de Mello e pelo teólogo Mário Sérgio Cortella.
(Carta Maior; 15-10)

terça-feira, outubro 12, 2010

O voto verde

FALA MARILENA CHAUÍ:

"O mapa da votação mostra que José Serra foi vitorioso em todas as regiões da agroindústria. Portanto, foi vitorioso nas regiões que, no meu tempo, quando era jovem, chamávamos de latifúndio. Ele foi vitorioso no latifúndio e no latifúndio que ataca o meio ambiente e que impede a Reforma Agrária.

Não é pouco. Não é pouco que isso se refira à estrutura da terra criada desde a colonização, que isso seja ligado aos obstáculos contra a Reforma Agrária que se refira também ao ataque contra o meio ambiente.

Então, é preciso conversar com os ambientalistas, pelos quais tenho o maior respeito. Ao chegar na minha idade, a questão principal é o futuro das novas gerações. Eu penso nos jovens que estão aqui. Eu penso nos meus netos. É preciso lembrar aos ambientalistas que apoiar José Serra significa apoiar a agroindústria e, portanto, o ataque ao meio ambiente e à possibilidade de reformar a situação da terra no Brasil".

segunda-feira, outubro 11, 2010

A "modernidade" demotucana

FALA VLADIMIR SAFATLE:

"...Procurando uma tábua de salvação para uma candidatura que nunca decolara e que passou ao segundo turno exclusivamente por obra e graça de Marina Silva, José Serra resolveu inovar na política brasileira ao instrumentalizar os dogmas mais arcaicos deste que é o maior país católico do mundo.Assim, sua mulher foi despachada pelos quatro cantos para alertar a população contra o fato de Dilma Rousseff apoiar "matar criancinhas" (conforme noticiou um jornal que declarou apoio explícito a seu marido). As portas de seu comitê de campanha foram abertas para os voluntários da TFP, com seus folhetos contra a "ameaça vermelha" capaz de perverter a família brasileira através da legalização da prostituição e do casamento gay..."

(Vladimir Safatle é filósofo e professor da USP; Folha, 11-10)

sábado, outubro 09, 2010

Poema

O respeito ao direito alheio é a paz (Benito Juárez - Estadista mexicano de origem indígena)
O Caluniador
(Em solidariedade à D.R. )

Lança pedra e veneno
aquele que expressa ser
sequaz do bom Nazareno
é preciso ver pra crer:

o ódio e o riso obsceno
dentes à mostra a ranger
o coração vil e pequeno
é o que ele revela ter.


Qual fogo que só enegrece
sem queimar madeira verde,
tal o infame e o mal que tece:
desistir, ele vai ter de!


Caíque Vieira

quinta-feira, outubro 07, 2010

Comissão da CNBB defende Dilma e põe discurso de Serra em xeque

A Comissão Brasileira Justiça e Paz, da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), manifestou-se, por meio de nota, "preocupada com o momento político na sua relação com a religião". "Muitos grupos, em nome da fé cristã, têm criado dificuldades para o voto livre e consciente", afirmou a entidade, no comunicado.

A manifestação teve endereço certo: o bispo de Guarulhos (SP), d. Luiz Gonzaga Bergonzini, que tem pregado o voto contrário à candidata Dilma Rousseff, da coligação Para o Brasil Seguir Mudando. Ele também quer levar o aborto para o centro do debate eleitoral, embora nenhum candidato tenha se proposto a mudar a legislação sobre práticas abortivas.

"Dos males, o menor", tem dito d. Luiz Gonzaga, ao defender o voto contrário a Dilma que, segundo ele, apoia o aborto. A candidata já negou várias vezes essa suposição, mas o bispo tem usado suas missas para acusar Dilma e o PT de terem incluído em seu programa de governo a defesa do aborto. Guarulhos, na Grande São Paulo, tem 1,3 milhão de habitantes.

Para o secretário-executivo da Comissão Justiça e Paz, Daniel Veitel, Dilma foi a única candidata que se declarou claramente a favor da vida. "O José Serra (presidenciável do PSDB) não tem uma posição clara", criticou. Veitel lembrou que a CNBB não impôs veto a ninguém nas eleições. Afirmou ainda que alguns grupos continuam induzindo erroneamente os fiéis a acreditarem nisso.

"Constrangem nossa consciência cidadã, como cristãos, atos, gestos e discursos que ferem a maturidade da democracia, desrespeitam o direito de livre decisão, confundindo os cristãos e comprometendo a comunhão eclesial", afirma a nota da comissão.

Gabriel Chalita fala sobre a sórdida campanha do Serra

sexta-feira, outubro 01, 2010

Tentativa de golpe no Equador enfrenta forte reação popular

As ações protagonizadas hoje pelos policiais não ficaram sem respostas. Logo após a tomada à força do regimento número 1 em Quito, organizações sociais equatorianas, assim como organismos internacionais e autoridades latino-americanas, declararam apoio ao mandatário e demonstraram preocupação com a democracia do país. Sob o lema "defendemos a democracia e apoiamos a gestão do Presidente da República Rafael Correa", milhares de equatorianos e equatorianas foram na manhã de hoje à Praça da Independência apoiar o chefe de Estado.

Karol Assunção

Aeroportos fechados, prédios ocupados por policiais militares, marchas nas ruas. O cenário hoje em Quito, Equador, chamou a atenção de toda a comunidade internacional para o que poderia acenar para um novo Golpe de Estado na América Latina. Governos como o de Hugo Chávez, da Venezuela, declararam que a manifestação policial iniciada hoje, teria, sim, por trás, a intenção de ferir a democracia da nação equatoriana.

O protesto começou hoje (30), quando um grupo de policiais - contrário a negação de Correa ao veto da Lei de Serviço Público - tomou à força o regimento número 1 de Quito. O presidente equatoriano, quem esteve no local para tentar estabelecer um diálogo com os manifestantes, encontrava-se no Hospital da Polícia Nacional, na capital do país, recuperando-se das agressões promovidas pelos policiais, os quais lançaram gases lacrimogêneos.

Para Correa, essas ações são parte de uma tentativa de golpe de Estado que estava sendo preparada há meses pela oposição. Mesmo com os ataques, o mandatário anunciou em Rádio Pública que continuará com suas posições. "Eu não vou retroceder, se querem, venham me buscar aqui, deem-me um tiro e que siga adiante a República, matarão a mim, como dizia Neruda, poderão cortar as flores, mas não impedir a chegada da primavera", afirmou.

As ações protagonizadas hoje pelos policiais não ficaram sem respostas. Logo após a tomada à força do regimento número 1 em Quito, organizações sociais equatorianas, assim como organismos internacionais e autoridades latino-americanas, declararam apoio ao mandatário e demonstraram preocupação com a democracia do país.

Sob o lema "defendemos a democracia e apoiamos a gestão do Presidente da República Rafael Correa", milhares de equatorianos e equatorianas foram na manhã de hoje à Praça da Independência apoiar o chefe de Estado. Além de Quito, movimentos e organizações sociais das províncias de Loja, Pichincha, Imbabura, Pastaza e Chimborazo estão promovendo ações em apoio ao presidente e denunciando a tentativa de golpe de Estado.

A comunidade internacional também está preocupada com a situação do país. A Organização dos Estados Americanos (OEA), por exemplo, convocou para a tarde de hoje uma reunião extraordinária do Conselho Permanente para discutir o caso do país sul-americano. Já a União das Nações Sul-Americanas (Unasul) declarou estar ao lado de Correa, e convocou uma reunião de urgência para a noite de hoje em Buenos Aires.

Em comunicado, Néstor Kirchner, secretário-geral do organismo, destacou que os países sul-americanos não podem "tolerar, sob nenhum aspecto, que os governos eleitos democraticamente se vejam pressionados e ameaçados por setores que não querem perder privilégios".

Ademais, afirmou "firme compromisso e a mais absoluta solidariedade" ao mandatário do Equador "frente à tentativa de sublevação de setores corporativos das forças de segurança daquele país à ordem constitucional".

Do mesmo modo, o governo da Argentina respaldou o governo de Correa e demonstrou preocupação com o ato promovido por policiais equatorianos no dia de hoje. "A Chancelaria argentina expressa sua profunda preocupação pelos fatos protagonizados hoje (quinta-feira) pelo pessoal policial e militar das forças armadas equatorianas nas cidades de Guayaquil e Quito", ressalta.