sábado, maio 30, 2009

Educador infatigable







Fidel Castro Ruz


Chávez es un educador infatigable. No vacila en describir lo que significa el capitalismo. Va desmontando una por una todas sus mentiras. Es implacable.

Describe el sentido de cada una de las medidas que el socialismo lleva al pueblo.

Conoce cuánto sufre el ser humano cuando él, su mujer, sus hijos, sus padres, sus vecinos, no tienen nada, y unos pocos lo tienen todo.

Demuestra el egoísmo de los ricos que todo lo subordinan a las leyes ciegas e inexorables del mercado, opuestas a toda racionalidad en el empleo de las fuerzas productivas. Constantemente lo demuestra con la obra que se lleva a cabo en Venezuela.

Chávez inundó Venezuela con libros. Antes promovió que todos los ciudadanos supieran leer y escribir. Abrió escuelas para todos los niños; estudios medios y técnicos para todos los adolescentes y jóvenes, posibilidad de educación superior para todos ellos.

La flor y nata del pensamiento oligárquico y contrarrevolucionario se reúne en Caracas para declarar por todos los medios que en Venezuela no hay libertad de prensa. Chávez los retó a participar en el "Aló Presidente", que cumple su décimo aniversario, a discutir el tema con los intelectuales venezolanos; él estaría sentado en el público dispuesto a escuchar el debate. Cuando escribo esta Reflexión, no han respondido una palabra.

A las 6 y 40, comenzó de nuevo el "Aló". La palabra encendida de Chávez se escucha otra vez el segundo día de la conmemoración. Se inicia con la presencia de los Ministros de Cultura del ALBA que participan en una reunión internacional de Ministros de ese ramo.

En la actividad se están pronunciando brillantes discursos que enriquecen el pensamiento político.

Chávez reiteró su reto. Invitó otra vez a las lumbreras de la oligarquía internacional a discutir y no han respondido, son ya más de las 7 de la noche.

Me concentraré en los brillantes y sentidos discursos que se están pronunciando. Pido excusas.

Mayo 29 de 2009
7 y 23 p.m.

quinta-feira, maio 28, 2009

Um retrato honesto da experiência venezuelana


Livro analisa conquistas e limites do processo político venezuelano. Em "A Revolução Venezuelana", Gilberto Maringoni desvenda o enigma oculto sob a campanha midiática anti-chavista: como é possível que um caudilho supostamente tão desastrado mantenha altíssimos índices de apoio popular durante tanto tempo? Para o autor, é errado reduzir, como insistem os detratores da experiência venezuelana, o prestígio de Chávez à bonança petroleira da última década. O artigo é de Igor Fuser.

Na lista dos demônios da mídia empresarial, o posto número 1 pertence, disparado, a Hugo Chávez, com sua boina vermelha e língua ferina. Raramente se passa um dia sem que alguma publicação da chamada “grande imprensa” despeje regulares doses de veneno contra o presidente venezuelano, apresentado como louco, fanfarrão, ditador ou incompetente. Essa cantilena se mantém há mais dez anos. Para ser exato, desde o início de 1999, quando o antigo coronel iniciou, após sua chegada ao governo, a transformação de um dos países de estrutura social mais iníqua no planeta – mais de 50% dos habitantes na miséria, em contraste com os lucros nababescos das exportações de petróleo – em uma referência mundial para todos os que cultivam os valores da justiça e da igualdade.

O livro de Gilberto Maringoni (A Revolução Venezuelana, Editora Unesp, 2009) merece ser saudado com um antídoto perfeito contra a manipulação informativa que, na imprensa brasileira, atingiu as raias de uma lavagem cerebral. Jornalista e historiador, Maringoni fala de um tema que conhece em primeira mão. Viajou várias vezes à Venezuela e lá entrevistou quase todos os nomes que valiam a pena no tumultuado enredo político local – dos caciques da oposição conservadora, como Teodoro Petkoff, às figuras mais graduadas do regime esquerdista, entre as quais o próprio Chávez, além das mais variadas fontes na esfera acadêmica.

Com dados confiáveis em mãos, o autor desvenda o enigma oculto sob a campanha midiática anti-chavista: como é possível que um caudilho supostamente tão desastrado mantenha altíssimos índices de apoio popular durante tanto tempo? É errado reduzir, como insistem os detratores da experiência venezuelana, o prestígio de Chávez à bonança petroleira da última década. O Venezuela já viveu outros períodos de alta dos preços do petróleo, sem que a população tivesse tido acesso a mais do que umas magras migalhas do banquete. A marca da gestão chavista é algo que as primeiras gestões municipais petistas defendiam no Brasil e que, lamentavelmente, diluiu-se no lodaçal dos compromissos com as classes dominantes: a inversão das prioridades em favor das multidões oprimidas, ainda que ao preço do confronto aberto contra as elites privilegiadas.

Na Venezuela, os gastos sociais aumentaram de 8,2% do PIB, em 1998, para 13,6% em 2006. Os índices de pobreza caíram de 55,1% para 27,5%. O salário mínimo se elevou numa escala sem precedentes em qualquer outro país do chamado Terceiro Mundo e milhões de venezuelanos passaram a ter acesso a uma infinidade de benesses antes inalcançáveis – desde serviços essenciais, como assistência médica e dentária, aos ícones do consumo descartável, como telefones celulares. Nesse cenário em que a mudança passa do plano da retórica para a existência cotidiana, torna-se fácil entender porque Chávez foi vitorioso em todas as freqüentes consultas eleitorais que promoveu, com apenas uma exceção.

O grande mérito de Maringoni é que ele não se limita a salientar as conquistas do processo político venezuelano, mas também aponta, sem medo de entrar em polêmica com os defensores mais entusiastas do chavismo, os limites do festejado “socialismo do século XXI”. Concretamente: após dez anos de “revolução bolivariana”, o velho modelo de desenvolvimento dependente latino-americano, erigido com base na exportação de produtos primários (no caso, o petróleo), permanece inalterado. Os ganhos desse modelo, é verdade, passaram a beneficiar, pela primeira vez, a maioria da população, sobretudo depois que Chávez retirou a estatal Petróleos de Venezuela S.A. (PDVSA) das mãos da camarilha que a controlava, enquadrando a empresa sob o controle público. Mas o caminho ainda está no seu início: “O Estado continua ineficiente, lerdo, corrupto e avesso às interferências populares”, escreve o autor.

Mesmo que seja prematuro falar em uma verdadeira revolução na Venezuela, é inegável que o governo de Chávez mudou a face política daquela sociedade e, em certa medida, de toda a América do Sul. A influência venezuelana se faz presente em todo um conjunto de países onde, pela primeira vez, o poder de Estado passa a ser exercido em benefício das maiorias. Como afirma Maringoni, referindo-se à época de ofensiva conservadora mundial pós-1989: “A Venezuela é, com todos os problemas, o país onde mais se avançou, nesse período, na contestação ao neoliberalismo e no questionamento do poder global dos Estados Unidos.” Aí reside a explicação para o ódio que Chávez desperta entre os donos da mídia brasileira e internacional. Ele é, de fato, um sapo difícil de engolir.

quarta-feira, maio 27, 2009

Soneto para a nova velha direita







Carlos Henrique de Pontes Vieira

Quem pensas que és, nova velha direita?
Nociva, à nação deu mal destino.
Nefasta, vives de golpe à espreita.
Cuidado, ou eu, o povo, te fulmino!

Pela Constituição sou Soberano.
Forte e destemido não mais me engano
Contigo e tua imprensa sacripanta.
Nem tu, hoje, nem ela a mim suplanta.

De novos artefatos lanço mão
E a Magna Carta me deu o instituto
Que me livrou de meu velho grilhão:

A ignorância, mãe da exclusão.
E é com o saber que me armo e luto
Por minha mais plena libertação.

Soneto para o homem soberbo







Carlos Henrique de Pontes Vieira

Quando vejo um homem e sua soberba
Hoje meu ser não mais se exacerba
Penso na força do mal que o impele
A ser um ser cujo veneno expele.

Para que a raiva não mais me tutele
Peço à força do bem que me dê calma
Serenidade para minha alma
E para ele, também, que o zele.

Assim foi, assim é e assim será
O homem, pobre ser, coração ermo
Um dia uma resposta ele terá

Ao longo de sua vida ou ao termo
Esse ser solitário vai estar
E é do outro que precisa o enfermo.

Foto - Quatis da Costa Rica



Quatis procuram comida em 19 de novembro de 2008 no Lago Arenal, na Costa Rica.
Clicar em cima da foto para vê-la ampliada.
Para ver mais fotos da América Latina, acessar: http://www.infosurhoy.com/po/multimedia/

Foto - Crianças índias da Guatemala


A beleza das crianças índias da GuatemalaClicar em cima da foto para vê-la ampliada.
Para ver mais fotos da América Latina, acessar: http://www.infosurhoy.com/po/multimedia/



Da Natureza das Coisas
Dedicado para essas lindas crianças índias

                                      Carlos Henrique de Pontes Vieira

Ao ver a sua presa, a serpente
É da sua natureza atacar
E se, traiçoeira, ataca de repente,
Da presa se exige se cuidar.

Assim são a elite e o povo inocente:
De uma, a natureza é explorar,
Do outro, se espera, ardentemente,
Perder a inocência e despertar.

É isso o que ela faz há anos:
Abusa da boa fé, inconseqüente,
De um povo de alma e coração lhanos

Vivendo a sua vida simplesmente,
Não percebe do algoz os novos planos,
Fraudes, ardis: o ovo da serpente.

"Assim se prova que indios e negros são inferiores"








Eduardo Galeano (uruguaio)

Emir Sader seleciona mais uma coletânea de textos de Eduardo Galeano para os leitores da Carta Maior. Nesta seleção, Galeano escreve sobre como os conquistadores europeus e seus pensadores, dos séculos XVI e XVII, pretendiam "provar a inferioridade" de negros e índios nas terras "descobertas". Montesquieu, por exemplo, escreveu sobre os negros: "É impensável que Deus, que é sábio, tenha posto uma alma, sobretudo uma alma boa, num corpo negro".

Assim se prova que os índios são inferiores (segundo os conquistadores dos séculos XVI e XVII)

Suicidam-se os índios das ilhas do Mar Caribe?
Porque são vadios e não querem trabalhar.

Andam desnudos, como se o corpo todo fosse cara?
Porque os selvagens não tem pudor.

Ignoram o direito de propriedade, tudo compartiham e não tem ambição de riqueza?
Porque são mais parentes do macaco do que do homem.

Banham-se com suspeitosa freqüência?
Porque se parecem aos hereges da seita de Maomé, que com justiça ardem nas fogueiras da Inquisição.

Acreditam nos sonhos e lhes obedecem as vozes?
Por influencia de Satã ou por crassa ignorância.

É livre o homossexualismo? A virgindade não tem importância alguma?
Porque são promíscuos e vivem na ante-sala do inferno.

Jamais batem nas crianças e as deixam viver livremente?
Porque são incapazes de castigar e de ensinar.

Comem quando têm fome e não quando é hora de comer?
Porque são incapazes de dominar seus instintos.

Adoram a natureza, considerando-a mãe e acreditam que ela é sagrada?
Porque são incapazes de ter religião e só podem professar a idolatria.

Assim se prova que os negros são inferiores (Segundo os pensadores dos séculos XVIII e XIX)

Barão de Montesquieu, pai da democracia moderna:
É impensável que Deus, que é sábio, tenha posto uma alma, sobretudo uma alma boa, num corpo negro.

Karl Von Linneo, classificador de plantas e animais:
O negro é vagabundo, preguiçoso e inteligente, indolente e de costumes dissolutos.

David Hume, entendido em entendimento humano:
O negro pode desenvolver certas habilidades próprias das pessoas, assim como o papagaio consegue articular certas palavras.

Etienne Serres, sábio em anatomia:
Os negros estão condenados ao primitivismo porque têm pouca distância entre o umbigo e o pênis.

Francis Galton, pai da eugenia, método cientifico para impedir a propagação dos ineptos:
Assim como um crocodilo jamais poderá chegar a ser uma gazela, um negro jamais poderá chegar a ser um membro da classe média.

Louis Agassiz, eminente zoólogo:
O cérebro de um negro adulto equivale ao de um feto branco de sete meses: o desenvolvimento do cérebro é bloqueado porque o crânio do negro se fecha muito antes do que o crânio do branco.

Em terras de Simón Bolívar





Luiz Ricardo Leitão – 03/12/2008


Escrevo diretamente de Caracas, na Venezuela, onde tive a honra e o prazer de ministrar uma oficina de Literatura para um grupo de jovens profissionais da Vive-TV, emissora estatal que difunde e estimula as lutas e iniciativas comunitárias em todo o país. O clima por aqui é de enorme efervescência: há um processo de mudanças em marcha, liderado pela figura polêmica e singular de Hugo Chávez, ao qual ninguém consegue ficar indiferente, o que estimula a crescente politização da vida pública nacional.

O ambicioso projeto da “Revolução Socialista Bolivariana” segue seu curso, em meio a vários desafios e obstáculos cuja superação, por vezes, nos parece quase impossível. Apesar da Constituinte, a estrutura do Estado ainda é incapaz de impulsionar todas as medidas reclamadas pela população. Além disso, o poder dos monopólios e das corporações transnacionais permanece praticamente incólume, fato que soa como um paradoxo dentro de um regime que se pretende socialista. Nacionalizaram-se algumas empresas (entre elas, siderúrgicas, indústrias têxteis e até mesmo o afamado Hilton Hotel, que agora se chama Alba), é bem verdade, mas o capital privado continua a faturar milhões na terra de Simón Bolívar.

A trágica herança de décadas de submissão da burguesia aos interesses do imperialismo ianque está bem visível na própria fisionomia da metrópole. Quase todas as encostas de Caracas (situada em uma região montanhosa a poucos quilômetros do litoral) foram ocupadas por condomínios luxuosos, tal como ocorre na zona sul do Rio de Janeiro, ou por moradias populares. Estas configuram uma ampla malha de comunidades a que os habitantes locais chamam de barrios. Elas me evocam de imediato o cenário das favelas cariocas, mas com uma diferença básica: em vez do poder absoluto das ‘milícias’ ou dos bandos de traficantes que há nos morros cariocas, surgem nesses espaços os Conselhos Comunitários, uma forma ainda incipiente, porém efetiva, de inserir o povo venezuelano na revolução proposta por Chávez.

No asfalto, as seqüelas do capitalismo periférico também se notam. Com a gasolina a preço de banana, o número de carros não pára de crescer. O tráfego é caótico, os motoristas ignoram todas as regras de trânsito e os congestionamentos são insuportáveis até mesmo para um paulistano habituado à paranóia das marginais do Tietê. O novo alcaide da velha Caracas, Jorge Rodríguez (PSUV), promete investimentos no transporte coletivo e de massa (já existem seis linhas de metrô em funcionamento), mas esta batalha deverá ser bem mais árdua do que a própria Revolução Bolivariana... Isso sem falar na febre dos celulares (há casais que almoçam sem conversar entre si, presos ao telefone durante a refeição), um índice eloqüente da sedução que a sociedade de consumo pós-moderna exerce sobre a classe média.

No plano político, a efervescência não tem fim. A julgar pela quantidade de textos e análises que circulam pela internet, as eleições do último dia são um exemplo cabal do fenômeno. Há quem jure que o chavismo agoniza, há quem se empolgue com os números do novo partido socialista (PSUV). Como fugaz observador do pleito, devo dizer que “nem tanto ao mar, nem tanto à terra”... O PSUV logrou recuperar-se da derrota sofrida há um ano, quando a oposição venceu por estreita margem o referendo sobre as emendas constitucionais e barrou as alterações postuladas por Chávez. Com quase 1,2 milhão de votos a mais que os adversários, o partido elegeu 17 dos 22 governadores estaduais, mas amargou sérios reveses em algumas das províncias mais ricas do território, sobretudo em Zulia (região petrolífera), Táchira e Miranda. Mais além dos números, porém, o fato incontestável na Venezuela é a crescente inserção dos movimentos sociais na vida nacional, decerto o maior trunfo do projeto bolivariano em curso.

É evidente que uma parte da oposição já não cultiva o mesmo tom bélico e agressivo que levou ao golpe de 2003. Até na própria mídia, há sutis matizes dignos de atenção: enquanto a RCTV e a rede Globovisión seguem atacando ostensivamente o governo Chávez, a Venevisión resolveu adotar uma posição de “independência” ou “neutralidade”, evitando claramente provocações ou calúnias contra o regime. Chávez, por sua vez, insiste claramente na tática do confronto, não concedendo um minuto de trégua aos opositores. Alguns analistas julgam equivocada a tática do comandante, mas quadros do PSUV avaliam que, sem a polarização, não seria possível acelerar o processo de consolidação do poder popular e de incremento das forças bolivarianas. Ninguém pode prever o rumo das coisas por aqui, mas não há dúvida de que Chávez tem prestado uma ajuda decisiva às lutas dos povos latino-americanos.

terça-feira, maio 26, 2009

Fazer Política









José Carlos Mariátegui
(Peruano: 1894-1930)

Fazer política é passar dos sonhos às coisas, do abstrato ao concreto. A política é o trabalho efetivo do pensamento social: a política é a vida. Admitir uma quebra de continuidade entre a teoria e a prática, abandonar os realizadores a seus próprios esforços, ainda que concedendo-lhes uma cordial neutralidade, é renunciar à causa humana. A política é a própria trama da história. A vida e a história fazem-na os homens possuídos e iluminados por uma crença superior, por uma esperança sobre-humana; os demais constituem o coro anônimo do drama.

segunda-feira, maio 25, 2009

El Mercurio, Chile






Bachelet respalda el regreso de Cuba a la OEA pero "sin forzar la situación". De visita en Holanda, la Presidenta subrayó que la Guerra Fría ha terminado, por lo que los países americanos deben ser "coherentes" con esta idea y avanzar hacia una mayor integración.

LEIDEN.- La Presidenta Michelle Bachelet se mostró hoy a favor de que Cuba regrese a la Organización de Estados Americanos (OEA), pero aseguró que no es conveniente "forzar la situación" y que se deben respetar los "ritmos" de todos los países.

Bachelet abordó este asunto al ofrecer una conferencia sobre Latinoamérica en la Universidad de Leiden, en Holanda, en la primera jornada de su visita de Estado a este país.

"Creemos firmemente que la Guerra Fría ha acabado", señaló la Mandataria, quien afirmó que la actual es, por tanto, una época para la "inclusión" por encima de las diferencias.

En su opinión, los países americanos deben ser "coherentes" con esta idea y avanzar hacia una mayor integración. En el caso concreto de Cuba, Bachelet destacó que se han producido avances, como las palabras del Presidente del país, Raúl Castro, reconociendo la necesidad de reformas y los pasos dados por el Gobierno de Estados Unidos.

Indicó que ahora, con la próxima cumbre de la OEA que se celebrará en junio en Honduras, llegó el momento de convertir esa voluntad en "acciones concretas" y advirtió que "las lunas de miel no duran eternamente".

La Presidenta abogó en su intervención en la Universidad de Leiden -a la que asistieron la reina Beatriz de Holanda y la princesa Máxima Zorreguieta- por una mayor integración de los países de América Latina como una de las fórmulas para hacer avanzar al continente.

En este sentido, Bachelet defendió todo lo logrado en el marco de la Unión de Naciones Suramericanas (Unasur), pero aseguró que eso es compatible con otras fórmulas, como el fortalecimiento del Grupo de Río.

Socialismo ou barbárie



VALTON DE MIRANDA LEITÃO

A expressão de Rosa Luxemburgo durante a revolução alemã de 1918, agora com o colapso do capitalismo, ganha novo ímpeto. O sistema do capital que abriu e expandiu todas as fronteiras da humanidade, escrevendo uma grandiosa página da história, atualmente entra na sua fase de produção destrutiva. Marx havia previsto que no apogeu a produção capitalista seria autofágica e, portanto, se auto-anularia.

O mundo assiste estupefato ao grande colapso que ameaça a economia mundial, destruindo a natureza com o aquecimento global e aprofundando a desumanização das relações entre as pessoas. As mercadorias-fetiche neste tipo de produção se caracterizam por três componentes fundamentais: aparência, inutilidade e magia do produto. Quando o objeto não preenche tais requisitos é jogado fora. Daí as montanhas de carros e de aparelhos de toda espécie amontoados no lixão das grandes cidades. A água do subsolo e os mares vão sendo contaminados por substâncias venenosas, enquanto o burguês de oitenta quilos passeia num automóvel que pesa quase três toneladas.

A irracionalidade deste sistema de relações de produção modificou a personalidade do ser humano para torná-la extremamente individualista, imediatista e, portanto, com pouca ou nenhuma preocupação sócio-comunitária. O homem consumidor é formatado pelos meios de comunicação para admirar o objeto fetiche e, principalmente não pensar. O seu aparelho mental diante da imagem publicitária e do enfrentamento na luta pela sobrevivência não tem espaço para a memória familiar, a tradição e a verdadeira beleza. A palavra como instrumento de comunicação afetiva entre os humanos vai sendo substituída pela profusão de imagens, cujo único objetivo é vender para o consumidor que perdeu a cabeça.

As crianças “educadas” pela publicidade devem ser condicionadas para se tornarem consumidores irrefletidos e compulsivos. O corpo humano é atacado pelos alimentos da produção destrutiva e, depois é tratado pela medicina do sistema médico destruidor que Michael Moore denuncia no país locomotiva desta loucura global. Presentemente, depois da grande ascensão denominada globalização, assistimos a queda do gigante mitológico de “Cem braços”. Noutro artigo, afirmei que o colossal “Cem braços” estava de joelhos e moribundo, enquanto os grandes pensadores e cientistas do sistema do capital tentavam injetar em cada uma das veias dos seus muitos braços ouro derretido, retirado das barras dos tesouros nacionais para tentar reanimar a criatura. A banca financeira que recebe os trilhões continua fraudando e mentindo, pois é da sua natureza fazê-lo, enquanto o gigante não dá sinais de recuperação.
O nome pode ser recessão, depressão, mas é evidente que colapso diz mais da globalidade da queda. Os componentes objetivos e subjetivos que acompanham esta decomposição do sistema do capital podem ser vistos na sociedade, na cultura, mas igualmente na mente individual e na mentalidade coletiva. Massas humanas desempregadas e desnorteadas começam a vagar sem rumo em todos os países, enquanto o domínio fetichista da personalidade incrementa o surgimento de indivíduos robotizados, burocráticos e com capacidade afetiva claramente diminuída. Outro dia, alguém me disse que um rapazola na sua casa, disse diante do pai: “ontem fui a uma festa e ´fiquei´ com umas vinte meninas!”. O pai respondeu, divertido, mas ironicamente: “então nenhuma delas apreciou teus abraços e beijos”.

A mulher com quem o garoto deseja “ficar” é um objeto-fetiche, tal como o celular ou a roupa de grife. A gravidade deste processo não se reduz simplesmente a patologia compulsiva do consumo, mas principalmente a expansão de certas formas características de doença mental. O sexo sem erotismo se resume a uma descarga, pois a inexistência de conexão amorosa impulsiona o indivíduo para um agir tresloucado. O homem fálico dom-ruanesco, coleciona mulheres vazias, enquanto as mulheres buscam desesperadamente um companheiro que não encontram. Tal é a sociocultural da superfície na qual a profundidade desapareceu.

domingo, maio 24, 2009

Bonita evolução







Carlos Henrique de Pontes Vieira

Mamãe, ao perder meu pai,
triste, frágil, deprimida,
fez dessa dor tão sofrida
brilho que de sua alma sai:

Foi bonita a evolução
de quem nunca, até então,
teve jamais participado
desse jeito politizado.

A percepção da realidade
foi algo que me comoveu
que ninguém da sua idade
de uma tal forma percebeu.

A empatia com seus filhos
- suas angustias, seus clamores -
deu à sua alma antigos brilhos
esquecidos por suas dores.

Foi a mãe que prevaleceu,
como a de Gorki que escreveu
o libelo mais contundente
contra um “status quo” decadente.

Forte e terno







Carlos Henrique de Pontes Vieira

Meu pai adoeceu
sem forças, o vi
o olhar feneceu...
eis o que escrevi:

Fito o teu olhar
verde como o mar
nele eu quero ver
um novo amanhecer

Em todo o horizonte
do sol emana a luz
do teu olhar distante
beleza que seduz

Num silencio imerso
pensamento disperso
forte quisera eu ser
assim como é você.

Postura de quem traz
o espírito endurecido
sem ter, porém, jamais
a ternura perdido.

Sino(a)







Carlos Henrique de Pontes Vieira

Carlô havia morrido,
tio e padrinho querido.
Um dia em casa pensando
sobre a vida e seu fim, quando:

Soa o sino, soa o sino,
tristemente, todavia,
e me transporto ao menino
que já fui, decerto, um dia.

Do passado, melodia
de um domingo plangente
enche de melancolia
todo o coração da gente.

Pára de soar o sino
e o silêncio pungente
no nosso tênue destino
me faz pensar de repente.

Canção para uma mulher simples







Carlos Henrique de Pontes Vieira

Minha mãe quando era criança
uma ama jovem lhe cuidava.
Dessa mulher, na minha infância,
canto agora o que me tocava:


Em seu olhar, muito afeto
Em suas mãos, o alimento certo
Em seu portar, pouco sossego
por nós que teve um grande apego.

Essa mulher de certa idade
durante toda a sua vida,
só Deus sabe quão foi sofrida,
nos trouxe só felicidade.

Ela, faz tempo, já morreu
e nem o seu nome sei eu
nós a chamávamos Minosa
sei que era simples e bondosa.

sábado, maio 23, 2009

Saudosa e Saudável lembrança







Carlos Henrique de Pontes Vieira

Eram os anos sessenta,
próximo à Igreja da Prainha
onde o Cultural se assenta,
da missa eu ia ou vinha.
Pelas mãos da avó Judith,
O Cristo me vê e assiste:

Oh tempo destruidor
Que destrói-nos com furor
Todos os mais belos momentos
De ternura, de amor,
Deixando em nós sentimentos
De uma tão estranha dor.

Oh viva recordação
Conforta meu coração
Como quando pequenino
Me fizeste com tuas mãos
Trazendo em mim o menino
N’alma cheia de emoção

Tuas mãos carinhosas, mansas,
Laboriosas e prendadas,
Nas minhas entrelaçadas
Passeando pelas calçadas
De uma cidade ainda criança,
Tudo, saudosa lembrança.

Oh tempo restaurador
Meu coração renovado
Da dor em terna poesia
Por calçadas de alegria
Da cidade não mais criança
Tudo, saudável lembrança.

quarta-feira, maio 20, 2009

Três poeminhas engajados







Carlos Henrique de Pontes Vieira

Revolução

Os homens se alucinam,
não se prestam atenção,
pior ainda, eles se olham
com o ódio no coração.

É mister revolução:
liberdade e igualdade
não passam de ilusão.
Qual o quê, fraternidade ?

É mister revolução
das palavras mesmo, enfim,
uma total inversão
que proponho fique assim:

fraternidade, primeiro:
pra que o homem sobranceiro
desça até o rés do chão
e olhe seu próprio irmão;

sendo irmãos, pois, são iguais:
que os homens se guardem mais
ao lado esquerdo do peito
onde o coração tem leito;

finalmente, a liberdade:
ao homem de boa vontade,
que a desfrute ardentemente !
Ou a perca o insolente.

Capitalismo X Poesia

O boçal capitalismo
não nos permite o lirismo,
uma atitude poética:
tempo perdido em vão.

Enriquecer é preciso
embrutecer é preciso,
essa é a sua ética:
enternecer, não e não.

A poesia, como a flor,
enternece a vida, a dor.
Este sistema de horror
baniu poesia e flor.

Dívida Externa

Dívida externa
Dívida ex terna
Dívida eterna
De vida nada tem
De morte, porém

Indecência que assola
Aniquila e esfola
Dívida ávida rapina
Violenta e assassina
A América Latina

A senhora Thatcher e o Lord Keynes: fatos e mitos






José Luís Fiori

A crítica ou o entusiasmo apressado, às vezes esquece que existe um parentesco essencial entre as políticas econômicas de filiação neoclássica e keynesiana, que pertencem à mesma família ideológica liberal e anglo-saxônica, e são estratégias complementares e indissociáveis dentro do sistema capitalista.

terça-feira, maio 19, 2009

Quando o Céu casa com a Terra




Leonardo Boff

Observando o processo de mundialização, entendido como nova etapa da humanidade e da Terra, no qual culturas, tradições e povos os mais diversos se encontram pela primeira vez, tomamos consciência de que podemos ser humanos de muitas maneiras diferentes e que se pode encontrar a Última Realidade, a mais íntima e profunda, seguindo muitos caminhos. Pensar que há uma única janela pela qual se pode vislumbrar a paisagem divina é a ilusão dos cristãos do Ocidente. É também o seu erro. Hoje o atual Papa vive repetindo a sentença medieval, superada pelo Vaticano II, de que "fora da Igreja não há salvação". Para ele, ela é a única religião verdadeira e as outras são tão somente braços estendidos ao céu mas sem a certeza de que Deus acolha esta súplica. Pensar assim é ter pouca fé e imaginar que Deus tem o tamanho da nossa cabeça. Quem não encontrou pessoas profundamente piedosas de outras religiões, nas quais se percebe claramente a presença de Deus? Não reconhecer tal realidade é, na verdade, pecar contra o Espírito Santo que está sempre alimentando a dimensão espiritual ao largo dos tempos históricos.

Nas minhas muitas viagens, nos encontros com culturas diferentes e com pessoas religiosas de todo tipo, me dei conta da necessidade que todos temos de aprender uns dos outros e da profunda capacidade de veneração da qual os mais diferentes povos dão convincente testemunho.

Há alguns anos, dei palestras em muitas cidades da Suécia sobre ecologia e espiritualidade. Numa ocasião me levaram quase ao pólo norte onde vivem os samis (esquimós). Eles não gostam de encontrar estrangeiros. Mas sabendo que era um teólogo da libertação, quiseram conhecer esta raridade. Vieram três líderes indígenas. O mais velho logo me perguntou:"Os índios do Brasil casam o Céu com a Terra ou não?” Eu logo entendi a intenção e respondi de pronto:"Lógico que casam, pois deste casamento nascem todas as coisas". Ao que ele, feliz, retrucou: "então são ainda índios e não são como nossos irmãos de Oslo que já não acreditam no Céu". E dai seguiu-se um diálogo profundo sobre o sentido de unidade entre Deus, o mundo, o homem, a mulher, os animais, a terra, o sol e a vida.

Experiência semelhante vivi em 2008 na Guatemala quando participei de uma belíssima celebração com sacerdotes maias junto o lago Atitlan. Havia também sacerdotisas. Tudo se realizava ao redor do fogo sagrado. Começaram invocando as energias das montanhas, das águas, das florestas, do sol e da mãe Terra. Durante a cerimônia, uma sacerdotisa se avizinhou de mim e disse: "você está muito cansado e deve ainda trabalhar bastante". Efetivamente, por vinte dias percorri, de carro, vários países participando de eventos e dando muitas palestras. E então ela com seu polegar pressionou meu peito, na altura do coração, com tal força a ponto de quase me quebrar uma costela. Tempos depois, retornou a mim e disse:"você tem um joelho machucado". Eu lhe perguntei: "como sabe?” E ela respondeu: "eu o senti pela força da Mãe Terra". Com efeito, ao desembarcar na praia, retorci o joelho que inchou. Levou-me junto ao fogo sagrado e por trinta a quarenta vezes passou a mão do fogo ao joelho até que esse desinchasse totalmente. Antes de terminar a celebração que durou cerca de três horas, retornou a mim e disse: "está ainda cansado". E novamente pressionou fortemente o polegar sobre meu peito. Senti estranho ardor e de repente estava relaxado e tranqüilo como nunca antes.

São sacerdotes-xamãs que entram em contacto com as energias do universo e ajudam as pessoas no seu bem viver.

Certa vez perguntei ao Dalai Lama: "Qual é a melhor religião?" E ele com um sorriso entre sábio e malicioso respondeu: "É aquela que te faz melhor". Perplexo continuei: "o que é fazer-me melhor?" E ele: "aquela que te faz mais compassivo, mais humano e mais aberto ao Todo; esta é a melhor". Sábia resposta que guardo com reverência até os dias de hoje.

segunda-feira, maio 18, 2009

Mario Benedetti







Morre o poeta uruguaio Mario Benedetti aos 88 anos (17/05/09)

Benedetti, que tinha um estado de saúde bastante delicado, estava em sua casa, na capital uruguaia, quando morreu. No ano passado, o escritor foi hospitalizado quatro vezes em Montevidéu devido a diversos problemas físicos.

A primeira vez foi entre janeiro e fevereiro de 2008, após sofrer uma enterocolite que fez com que ficasse desidratado. Já em março ele foi internado com problemas respiratórios, enquanto a terceira vez se deu em maio do ano passado por causa de um quadro clínico instável geral.

Após a última vez em que Benedetti foi hospitalizado, de 24 de abril até 6 de maio, o escritor recebeu alta e voltou para casa, após 12 dias internado pelo agravamento de uma doença intestinal crônica.

Benedetti escreveu mais de 80 livros de poesia, romances, contos e ensaios, assim como roteiros para cinema. Ele já recebeu os prêmios Ibero-americano José Martí (2001) e Internacional Menéndez Pelayo (2005).

A última obra publicada, o poemário "Testigo de Uno Mismo", foi apresentada em agosto do ano passado.
Antes da última entrada no hospital, Benedetti estava trabalhando em um novo livro de poesia cujo título provisório é "Biografía para encontrarme".

MEMORANDUM

Um chegar e incorporar-se o dia
Dois respirar para subir a ladeira
Três não jogar-se em uma só aposta
Quatro escapar da melancolia
Cinco aprender a nova geografia
Seis não ficar-se nunca sem a sesta
Sete o futuro não será uma festa e
Oito não assustar-se ainda
Nove vai a saber quem é o forte
Dez não deixar que a paciência ceda
Onze cuidar-se da boa sorte
Doze guardar a última moeda
Treze não tratar-se com a morte
Catorze desfrutar enquanto se pode.

domingo, maio 17, 2009

Fotos de Viagem: Argentina


Gilda, Inez, Caíque, José Roberto, Roberta em Mendoza

José Roberto, Deoclécio, Caíque em Mendoza


No Jardim Japonês de Buenos Aires


Heloísa, Deoclécio, Caíque, Gilda, Inez, Alice e Roberta em Buenos Aires


Roberta, Alice, José Roberto, Roberta Emília, Deoclécio, Heloísa, Gilda, Caíque, Inez em Bariloche

Gilda e Caíque no Glaciar Perito Moreno em El Calafate

Em El Calafate

Las señales inequivocas








Fidel Castro Ruz
No hay dos opiniones diferentes sobre el tema de la A H1N1.
Apoyé sin vacilación alguna la decisión adoptada por el Gobierno Revolucionario de Cuba tan pronto conoció la existencia de la epidemia.

Nuestro país acumula una larga experiencia en la protección del pueblo en caso de desastres, epidemias y plagas u otras situaciones similares de carácter natural, accidental o intencional.

Está igualmente probada nuestra invariable política de cooperación con otros pueblos.

Fue totalmente injusta la crítica que se hizo al Gobierno de Cuba y la amenaza de represalia que contenía. Se nos presentó además como una nación hostil al pueblo de México.

Lo que determinó la medida no se relacionaba con los viajes turísticos, sino con casi cuatrocientos jóvenes mexicanos que estudian Medicina en la escuela de Jagüey Grande, igual que lo hacen en otras facultades de docencia médica alrededor de 24 mil jóvenes de América Latina, el Caribe y otros pueblos del mundo, algunos procedentes de pequeños países distantes del área de Oceanía.

Cuba no roba cerebros ni sustrae médicos de otros pueblos en detrimento de los servicios de salud y la pérdida de incontables vidas, como hacen Estados Unidos, el Reino Unido y otros países desarrollados y ricos.

La medida adoptada por el Instituto de Aeronáutica Civil de Cuba dice textualmente: “Suspender temporalmente los vuelos regulares y charters que operan entre Cuba y México a partir de las 24 horas del 29 de abril del 2009.”

“Una vez que cesen las causas que han motivado tales decisiones serán restablecidas las operaciones aéreas, informándose oportunamente a los interesados.”

La medida comenzó a ser aplicada seis días después de las drásticas decisiones tomadas por las autoridades mexicanas, que suspendieron las clases de 33 millones de estudiantes y aplicaron otras medidas similares, que no podemos juzgar porque solo las autoridades mexicanas que conocían la situación real podrían hacerlo.

Las medidas nuestras implicaban también sacrificios para Cuba. Pero lo que a nuestro Gobierno importaba era proteger la población dentro de las normas establecidas.

Ahora la epidemia se ha extendido ampliamente por Estados Unidos, Canadá, Reino Unido, España, Europa en general y otras decenas de países. Habrá que emplear ahora métodos de protección asociados a la nueva realidad.

La Secretaria de Relaciones Exteriores de México, Patricia Espinosa, realmente se había esforzado últimamente por mejorar las relaciones entre su país y Cuba, que dirigentes irresponsables -por conocidas razones que prefiero ahora no mencionar- deterioraron seriamente cuando George W. Bush buscaba pretextos para atacar “preventiva y sorpresivamente” a nuestra Patria como uno de los “60 o más oscuros rincones del mundo”.

La cancillería mexicana publicó que a pesar de las críticas de Fidel Castro, en la reunión en Praga del Grupo de Río-Unión Europea, el Ministro de Relaciones Exteriores de Cuba, Bruno Rodríguez Parrilla, había suscrito una declaración que manifestaba su reconocimiento a las autoridades mexicanas.

Lo que hizo exactamente Bruno en Praga fue correcto. Se reunió todo el tiempo necesario para escuchar con atención a la Secretaria e intercambió con ella. Por su parte, le expresó lo relacionado con la conducta de Cuba. No entraré en detalles sobre esa conversación y la opinión que transmitió sobre la que sostuvo un importante funcionario de la cancillería mexicana con el embajador de Cuba en México, para evitar complicaciones.

Añado solo que el encuentro en Praga entre Bruno y Patricia fue respetuoso y franco. Nuestro Canciller le expresó a la Secretaria la solidaridad de Cuba con su país y la voluntad de cooperar con el pueblo mexicano para enfrentar la epidemia.

En la reunión ministerial del Grupo de Río y la Unión Europea, Bruno intervino para explicar con claridad la posición de Cuba, las medidas adoptadas por nuestro gobierno para proteger a su pueblo; las epidemias introducidas en nuestro país, incluida la del dengue hemorrágico, que ocasionó la muerte a 102 niños; las Reflexiones de Fidel; la unidad estrecha de los revolucionarios y la cooperación internacional de Cuba en materia de salud.

Acudir a la intriga, la mentira y la amenaza, es señal inequívoca de que el adversario ideológico está perdiendo la batalla.

Fotos de viagem: Panamá


José (panamenho), Inez, Rita, Alice, Caíque.


no Canal do Panamá

sexta-feira, maio 15, 2009

Nós, latinoamericanos





Ferreira Gullar

Somos todos irmãos
mas não porque tenhamos
a mesma mãe, o mesmo pai
temos é o mesmo parceiro
que nos trai

Somos todos irmãos
não porque dividamos
o mesmo teto, a mesma mesa
divisamos a mesma espada
sobre nossa cabeça

Somos todos irmãos
não porque tenhamos
o mesmo berço, o mesmo sobrenome
temos um mesmo trajeto
de sanha e fome

Somos todos irmãos
não porque seja o mesmo sangue
que no corpo levamos
o que é o mesmo é o modo
como o derramamos.