domingo, junho 07, 2009

Soneto para um deus vil







Carlos Henrique de Pontes Vieira

Dedicado a Carlos Marx e Frederico Engels
Monstro de cem patas que enfim encarna
O anjo maligno, o satanás
Onde vai, contagia como sarna
E um rastro de miséria sempre traz

Nada do que existe lhe escapa
Como um Midas pervertido o que toca
Avilta, degenera e solapa
A todos que sem exceção derroca

Só que o mal é exímio sedutor
Poucos percebem suas artimanhas
E o capital, deus vil e impostor,

Implacável segue encantador
Corroendo da sociedade as entranhas
Que reage adorando-o com fervor.

Um comentário:

Máuri disse...

É de uma beleza a toda prova, instigante e a mexer com minha sensibilidade de pagão.