quarta-feira, setembro 03, 2014

Seis ardis da direita

SEIS ARDIS DA DIREITA.

1º ardil

O neoliberalismo preconiza o Estado mínimo

No capitalismo não existe Estado mínimo. Existe Estado social mínimo. Eles suprimem a palavra social ardilosamente para parecer que o Estado é enxuto, bem administrado, mínimo. 

Quando o Estado é socialmente mínimo, ele é capturado pelas empresas mais poderosas. Estado e capitalismo estão entrelaçados. A melhor análise dessa questão está no Livro "Estado e Forma Política" do jusfilósofo Alysson Leandro Mascaro onde ele diz que a natureza do capitalismo é tão exploratória quanto sofisticada e por isso necessita do aparato estatal para lhe dar o suporte.

Uma prova disso foi na crise de 2008 nos EUA quando os bancos começaram a quebrar e o Estado os socorreu.

2º ardil 

O modelo baseado no consumo se esgotou, é preciso mudar para o modelo que tenha como base o investimento.

Uma economia capitalista tem três pilares básicos: investimento, consumo e poupança. Quando dizem que uma economia baseada no consumo se esgotou é porque querem dar prioridade ao modelo exportador em detrimento do modelo baseado no mercado interno, podendo assim baixar os salários para aumentar o ganho dos empresários nas exportações. Ter como base o investimento significa que o Estado foi capturado pelos empresários que podem produzir para a exportação. 

Para nós, cidadãos comuns, interessa que os três pilares devem servir prioritariamente para o mercado interno e o excedente deve ser exportado. É assim em uma nação forte.

3º ardil

O governo Dilma está levando o Brasil ao comunismo.

A história demonstra que não se chega ao comunismo via eleições, mas através de revolução. A intenção é desmontar o Estado do bem estar social, a melhor construção social do capitalismo.


4º ardil

O Banco Central tem que ser independente

Não existe independência do Banco Central. Ou ele é subordinado ao governo eleito ou ele é subordinado ao poderoso setor financeiro privado que não está muito interessado na economia real do sistema produtivo do país, mas na economia virtual financeira.

5º ardil

A nova forma de fazer política

Sem uma profunda reforma política não se pode fazer nada de novo em política, ela continua sendo a tradicional política dos conchavos, das dívidas milionárias aos financiadores de campanha, dos caixas 2, dos acordos espúrios. 

6º ardil

Exaltar a CSN como um exemplo a ser seguido

A CSN exporta o ferro em estado bruto, ao invés de agregar valor produzindo vagões e trilhos. O Brasil importa vagões e trilhos porque a CSN segue os ditames da divisão internacional do trabalho determinada pelos países mais ricos. Assim o Brasil deve exportar a commodity ferro e não os bens industriais de valor agregado como o vagão e o trilho que fica por conta de ricas multinacionais estrangeiras. Se os proprietários da CSN fossem nacionalistas contrariariam os ditames da divisão internacional do trabalho produzindo o que proporcionasse mais riqueza para a nação.  

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