segunda-feira, setembro 01, 2014

Dos temas polêmicos

Dos temas polêmicos

Nos dois textos anteriores -  "Da retórica e do essencial"  e  "De olhos bem abertos" - foram abordadas as diferenças de estratégia política-econômica, de um lado, do governo Dilma e, de outro, numa eventual vitória de Marina ou de Aécio.

Agora tentaremos esclarecer as diferenças no que concerne aos grandes temas polêmicos de interesse das sociedades mundiais contemporâneas.

Dilma considera a religião uma questão estritamente pessoal, de foro íntimo e propugna um Estado laico que represente o espírito republicano contemporâneo, tal como suponho que seja o governo Aécio nestes temas. Já Marina, conta orgulhosamente com a poderosa bancada evangélica de perfil fundamentalista messiânico, sendo ela própria uma fiel da milionária igreja da Assembleia de Deus. 

Temas socialmente polêmicos como aborto, drogas, maconha, gays e grupos minoritários, violência, estudo sobre células troncos, etc. devem ser solucionados sob uma abordagem multidisciplinar com o equilíbrio de pesos na discussão, incluíndo aí também a religião, sem a hegemonia de qualquer uma delas como soe ser em um Estado laico. 

Ernest Renan, historiador e filólogo francês, disse certa vez: "Uma nação é uma alma, um princípio espiritual. Duas coisas constitutem uma nação: uma é a posse de um rico legado de lembranças; a outra é o consentimento atual, o desejo de viver juntos, a vontade de seguir apreciando a herança que se recebeu como uma posse commum"

Este é o princípio que devemos perseguir porque é daí que nascem a pluralidade, a tolerância, o respeito à individualidade e potencialidade de cada um de nós.

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