Eles não perdoam a
autossuficiencia alcançada em abril de 2006, quando a Petrobrás despejou óleo,
soberania e eficiência pública na campanha midiática do impeachment contra
Lula. Contorcem-se com a ressurreição do monopólio, embutida no novo
marco regulador do pré-sal - obra de Gabrielli, de Lula e de nacionalistas
admiráveis, como Guilherme Estrela, diretor de produção e exploração que se
aposenta agora da empresa. Nunca perdoarão os índices de nacionalização nas
compras de equipamentos que transformaram o ciclo do pré-sal no maior impulso
industrializante do país desde a era Vargas. Graça Foster, que assume agora a
direção da estatal, para que Gabrielli possa disputar o governo da Bahia,
recebe da mídia o mesmo tratamento pegajoso de salamaleques dirigidos antes a
Dilma para atacar Lula. Sua competência dispensa genuflexões. Quem viveu na
favela até aos 12 anos e chegou onde está não pede licença nem aval dos
mercados. A verdade é que a rigorosa e austera Maria das Graças Foster, a
exemplo de Gabrielli, Dilma, Estrela e tantos outros, protagoniza uma história
sonegada pela mídia: são personagens de uma eficiência estatal que incomoda
porque desmente a supremacia do privatismo e desautoriza o estigma contra o
funcionário abnegado que engrandece o patrimônio público. Aos esquecidos é bom
lembrar que faz parte dessa história as três estrelas que a nova presidente da
Petrobrás tem tatuadas no antebraço esquerdo:duas delas vermelhas.
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