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segunda-feira, fevereiro 27, 2012
sexta-feira, fevereiro 24, 2012
quinta-feira, fevereiro 23, 2012
Um céu para nosso cãozinho
Foi sempre pura alegria
Nosso querido cãozinho
E não houve um só dia
Que não nos desse carinho
Sempre estava ao nosso lado
Atencioso e brincalhão
Sem mostrar qualquer enfado
Não nos deixava na mão
Mas se passaram os anos
E um dia ele envelheceu
De seus olhos antes diáfanos
Todo o brilho feneceu
Desolados e aflitos
O vimos por dias sofrer
Consternados com seus gritos
De dor a nos abater
Já bem perto de morrer
Éramos choro e escarcéu
E os padres não deixam crer
Que os cãezinhos vão pro céu
Sem sabermos que fazer
Chorávamos, mas eu cria:
“Não há longa noite que
Não encontre, enfim, o dia.”
terça-feira, fevereiro 21, 2012
sábado, fevereiro 18, 2012
sexta-feira, fevereiro 17, 2012
A ambição capitalista
"É a ambição de possuir, mais do que qualquer
outra coisa, que impede os homens de viverem de uma maneira livre e
nobre."
( Bertrand Russell )
Caíque Vieira

Pode-se objetar que um exército
de reserva de mão-de-obra barata interessa ao sistema. Pergunta-se: interessa
mais do que a formação de um mercado fabuloso, como seria o brasileiro, se a
riqueza fosse mais bem distribuída? É difícil de acreditar, já que as nações
desenvolvidas não concentram renda como nós. E mais: o custo do esgarçamento do
tecido social é tão alto que é fácil concluir que há uma grande irracionalidade
de nossas elites capitalistas ao optarem pelo exército de reserva de
mão-de-obra barata ao invés de uma distribuição razoável do que produzimos.”
Nessa época talvez eu não
percebesse quão ambiciosos são os capitalistas. Nenhuma preocupação eles têm
com o esgarçamento do tecido social e a questão da formação do mercado é
resolvida tornando as mercadorias obsoletas em pouco tempo de uso, criando a
necessidade de uma nova versão do mesmo produto para os mesmos consumidores.
Portanto, um produto de menor qualidade, menor custo de produção, menos vida
útil, uma nova versão do mesmo produto, os mesmos compradores da antiga versão
compram a nova versão e a manutenção do exército de reserva de mão de obra
barata.
É assim que funciona a
engrenagem capitalista, indiferente à crise ambiental, à crise de emprego, à
concentração de renda. Nenhum projeto de nação auto-sustentável e includente.
Isso explica também porque um economista como John Maynard Keynes, mesmo pertencendo
às hostes capitalistas, se tornou um proscrito. Sob a suspeita de estatista,
ele tinha um grave "defeito": era um ser humano ético, conhecia as
contradições e perversidades do capitalismo, suas crises cíclicas e as mazelas
sociais decorrentes delas. É o bastante: anátema!
quinta-feira, fevereiro 16, 2012
O ARDIL DA AUSTERIDADE
No
que consiste a receita de austeridade que esmaga a Grécia (leia a análise de
Marco Aurélio Weissheimer; nesta pag.), solapa a Itália, esfarela Portugal e
Espanha entre outros? Grosseiramente,
trata-se de montar uma máquina capaz de
pagar os juros aos credores. A meta é
dar solvência a uma dívida contraída em regime de cumplicidade imprevidente - entre
bancos e governos e entre bancos locais e estrangeiros - prática essa tida como exemplo das virtudes da livre
ciculação de capitais , cantada em prosa e verso na farra especulativa que antecedeu ao colapso de 2008.Como funciona a engrenagem desse
colosso excretor de juros? De novo, em síntese rudimentar, trata-se de arrochar
o consumo público e privado, ancorando a geração de caixa nas exportações. Daí
a opressão laboral e os cortes de salário mínimo e aposentadorias exigidos
pelos centuriões do euro, comandados pela generala Merkel , tendo na garupa seu
petit Napoleão, Sarkozy. Daí também o
desmonte da esfera pública, com a supressão de serviços essenciais, a demissão
maciça de funcionários e a
contração irrestrita de
investimentos. O ajuste europeu poderá gerar um colapso social até mais
dramático que o produzido na crise da dívida externa vivida pelos países da
América Latina, nos anos 80. Naquele caso, o recurso à desvalorização cambial
como alavanca de impulso exportador, embora convergisse igualmente para a perda
de poder aquisitivo dos trabalhadores - e era esse o objetivo - não impactava
de forma direta e na mesma proporção o bolso de todos os assalariados. No caso
europeu, a união em torno de uma moeda supranacional de valor interno fixo
impede o ajuste cambial caso a caso. É preciso ir diretamente ao bolso do
cidadão confiscar poder aquisitivo. A tal ponto que em Portugal, o governo
Pereira Passos tentou ressuscitar a mais valia absoluta, elevando em meia hora
diária a carga de trabalho, sem remuneração. É com base nesse torniquete que se
pretende reerguer as sociedades afogadas na crise do euro, a partir de uma
improvável e avassaladora explosão das exportações em cada país. As metas de
receita no comércio exterior são
superlativas e fantasiosas, sobretudo por um detalhe: se o mundo está em crise
e todos querem exportar, quem dará as ordens
de compras necessárias à redenção da engrenagem conservadora? A conta
não fecha. A sangria social tende a assumir proporções hemorrágicas de um empobrecimento sem paralelo. Uma espécie
de argentinização européia. Na crise produzida pelo governo Menen, a
escolarizada e próspera sociedade argentina viram 50% de sua população deslizar
para baixo da linha da pobreza. Então as ruas explodiram.
(Carta
Maior; 5ª feira; 16/02/ 2012)
OBAMA VAI DE KEYNES
Democrata descola da
austeridade suicida de Merkel & Cia e apresenta orçamento que amplia
gastos públicos e taxa endinheirados e bancos: medida vale por dez anos e visa
compensar o estrago feito pelo rentismo na sociedade.
ESTRELAS QUE DESMENTEM O PRIVATISMO
Eles não perdoam a
autossuficiencia alcançada em abril de 2006, quando a Petrobrás despejou óleo,
soberania e eficiência pública na campanha midiática do impeachment contra
Lula. Contorcem-se com a ressurreição do monopólio, embutida no novo
marco regulador do pré-sal - obra de Gabrielli, de Lula e de nacionalistas
admiráveis, como Guilherme Estrela, diretor de produção e exploração que se
aposenta agora da empresa. Nunca perdoarão os índices de nacionalização nas
compras de equipamentos que transformaram o ciclo do pré-sal no maior impulso
industrializante do país desde a era Vargas. Graça Foster, que assume agora a
direção da estatal, para que Gabrielli possa disputar o governo da Bahia,
recebe da mídia o mesmo tratamento pegajoso de salamaleques dirigidos antes a
Dilma para atacar Lula. Sua competência dispensa genuflexões. Quem viveu na
favela até aos 12 anos e chegou onde está não pede licença nem aval dos
mercados. A verdade é que a rigorosa e austera Maria das Graças Foster, a
exemplo de Gabrielli, Dilma, Estrela e tantos outros, protagoniza uma história
sonegada pela mídia: são personagens de uma eficiência estatal que incomoda
porque desmente a supremacia do privatismo e desautoriza o estigma contra o
funcionário abnegado que engrandece o patrimônio público. Aos esquecidos é bom
lembrar que faz parte dessa história as três estrelas que a nova presidente da
Petrobrás tem tatuadas no antebraço esquerdo:duas delas vermelhas.
quarta-feira, fevereiro 15, 2012
Canción desde otro mundo
A Frantz Fanon
Bajo este sol
aunque haya sol en todas partes
vivo.
Frente a este mar
aunque yo sé que hay otros mares
sigo.
Voy a morir sin ver la nieve
pero te miro cuando llueve.
Yo sé que hay en el mundo palacios y castillos,
no me lo digan más:
otro paisaje crece bajo este sol,
frente a este mar.
Quiero nombrar
todos los sueños que no caben
en París.
Quiero gritar
que tú no estabas en Venecia
sino aquí.
Quiero esta isla
donde a veces el año
dura tantos meses
y tropezar por donde voy
pero saber
quién soy
Marta Valdés (entre el 25 y 26 de abril de 1969)
terça-feira, fevereiro 14, 2012
sexta-feira, fevereiro 10, 2012
quinta-feira, fevereiro 09, 2012
Aeroportos: a paranóia das acusações
Caíque Vieira

Lembro-me bem de um anacrônico e reacionário cineasta preconizando que, se Dilma vencer as eleições, veremos o Brasil entrar numa era stalinista. Com as concessões dos aeroportos acusam agora o governo de neoliberal.
Já há muitos anos venho observando o programa político do PT e de seus governos que se parecem muito com a social democracia europeia de matiz keynesiano na economia,embora não tenha se livrado, de todo, das políticas neoliberais. Portanto, longe do neoliberalismo privatista do PSDB e muito mais ainda do stalinismo.

Lembro-me bem de um anacrônico e reacionário cineasta preconizando que, se Dilma vencer as eleições, veremos o Brasil entrar numa era stalinista. Com as concessões dos aeroportos acusam agora o governo de neoliberal.
Já há muitos anos venho observando o programa político do PT e de seus governos que se parecem muito com a social democracia europeia de matiz keynesiano na economia,embora não tenha se livrado, de todo, das políticas neoliberais. Portanto, longe do neoliberalismo privatista do PSDB e muito mais ainda do stalinismo.
Uma das contribuições mais definitiva de Keynes foi a parceria do Estado com a iniciativa privada no sistema de produção capitalista. E o que são as concessões dos aeroportos de Brasilia, Campinas e Guarulhos senão exatamente isso ?
Querem a imprensa hegemônica e o PSDB nos confundir,embaralhando esses dois institutos: privatização e concessão. Pode-se
ser contra ou a favor das concessões, mas não nos deixemos enganar. Como se diz, "uma coisa é uma coisa, outra coisa é outra coisa".
A privatização é venda do patrimônio público, o Estado perde direitos sobre o patrimônio cuja propriedade passa a ser do particular que o comprou. Na concessão, o Estado mantem seu direito de propriedade, apenas autorizando a pessoa particular para que explore atividade que dependa dessa autorização para ser explorada.
Na Constituição Federal de 1988, em seu artigo 21, inciso XII, letra c,está inscrito: "Compete à União: explorar, diretamente, ou mediante autorização, concessão ou permissão: a navegação aérea, aeroespacial e a infraestrutura aeroportuária;".
Ainda na CF/88, artigo 175 in verbis: "Art. 175. Incumbe ao poder público, na forma da lei, diretamente ou sob o regime de concessão ou permissão, sempre através de licitação, a prestação de serviços públicos.
Parágrafo único. A lei disporá sobre:
I - o regime das empresas concessionárias e permissionárias de serviços públicos, o caráter especial de seu contrato e de sua prorrogação, bem como as condições de caducidade, fiscalização e rescisão da concessão ou permissão;
II - os direitos dos usuários;
III - política tarifária;
IV - a obrigação de manter serviço adequado."
Para um melhor entendimento, podemos fazer uma analogia da concessão, instituto de direito público, com o arrendamento que é
um instituto de direito privado cuja definição é: contrato feito entre o arrendante e o arrendatário, no qual o primeiro cede ao segundo,mediante retribuição, o uso e gozo de coisa não fungível.
Como disse no início do artigo, pode-se ser contra ou a favor das concessões aeroportuárias, mas nos posicionemos a partir da
verdadeira definição desses dois intitutos, privatização e concessão, e não compremos gato por lebre - pois não se trata, neste caso, de privatização - como nos querem vender a imprensa e o PSDB que têm lá suas razões escusas para nos confundir.
quarta-feira, fevereiro 08, 2012
terça-feira, fevereiro 07, 2012
quarta-feira, fevereiro 01, 2012
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