De olhos bem
abertos
Há dois discursos da Marina que são claramente falaciosos:
1. o da “nova forma de fazer política” 2. o da “mudança para o novo.”
Sobre o primeiro, é impossível no Brasil atual se fazer o novo numa
eleição, chegar ao poder e exercê-lo sem uma profunda reforma política. Já na
primeira etapa, a da eleição, ela está absolutamente igual a tudo o que é
velho, ela é financiada pelo Itaú e pela Natura, corporações gigantes que tem
negócios milionários no sistema financeiro. Estes gigantes não fazem de graça,
cobrarão a fatura se ela ganhar.
Sobre o segundo, é verdade que haverá mudança, mas para o
passado neoliberal, não de Estado "mínimo", como ardilosamente apregoam, mas de
Estado social mínimo, porque será capturado pelos grandes interesses
financeiros, portanto um Estado neoliberal máximo.
Dentro do capitalismo não existe Estado mínimo. O Estado é o
capitalismo, o capitalismo é o Estado. Essa afirmação é tão forte que precisa
de explicação e ela foi explicada no livro “Estado e Forma Política” do
jusfilósofo Leandro Alysson Mascaro. Em uma síntese muito resumida: a lógica do
capitalismo é tão exploratória quanto sofisticada que é necessário um aparato
como o Estado para dar-lhe o suporte.
O que está em jogo nessas eleições é a disputa entre projetos
com suas diferentes estratégias de economia política: 1. O Estado social e sua estratégia
social-democrata, pró sociedade (Dilma); 2. O Estado neoliberal e sua estratégia de
mesmo nome, neoliberal, pró corporações (Marina e Aécio).
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