"A dúvida
é o princípio
da sabedoria" (Aristóteles)
Saiu o IDH de 2011. Todos os anos
espero ansiosamente a sua divulgação para constatar as discrepâncias da mídia. Este
ano a ONU o divulgou quase que simultaneamente com o encerramento dos jogos Panamericanos. Mais
uma vez confirmaram-se as contradições
entre os números do IDH
e de medalhas obtidas por determinados países nos jogos e o que a mídia,
sistematicamente, martela execrando esses mesmos países e seus governantes.
O IDH é o Indice de Desenvolvimento Humano
elaborado pela ONU que leva em consideração indicadores de expectativa de
vida, escolaridade e renda per cápita de 187 países.
Os jogos Panamericanos tem como critério de
classificação a
quantidade de medalhas de ouro obtidas ao longo do certame.
O esporte é um setor que reflete o bom índice de
desenvolvimento humano, já que a sua excelência só é possível se houver saúde e bem
estar generalizados.
Há ainda um registro da ONU em que ela
mede o grau de felicidade de um povo. A Noruega venceu com a nota de 7,6. A
Venezuela, país governado
pelo satanizado Hugo Chàvez e que, segundo a mídia, seria um dos piores lugares do
mundo para se viver, obteve a nota 7,5. Já o nosso grau de felicidade foi
registrado em 6,8.
A Argentina, também massacrada
pela mídia desde que os "populistas" Kirchners ascenderam ao poder, foi contemplada com a
45a. posição no IDH.
O Iraque, ocupado há oito anos
pelo "grande benfeitor" da humanidade, amarga a 132a. posição, enquanto
a Líbia,
governada pelo agora abominável ditador Kadafi recentemente executado com
o auxílio da OTAN,
está na 64a.
posição, 23
degraus à frente da
Colômbia que é o país da América Latina
mais próximo
politica e ideologicamente dos Estados Unidos e até bem recentemente governado pelo
elogiadíssimo Álvaro Uribe.
Mas o exemplo mais notório das tais
discrepâncias é Cuba. Para
a mídia, a Ilha
vem despencando ladeira abaixo, sem mérito, sem legitimidade, economia fracassada,
insatisfação social e
politica, o diabo a quatro. Pois bem, no Pan ela arrebata nada mais, nada menos
que 58 medalhas de ouro - dez a mais que o Brasil - mantendo o 2o. lugar desde
1971, mas nos jogos de Havana em 1991 ficou em 1o. lugar, com 140 medalhas de
ouro, batendo os Estados Unidos, com 130; e no IDH vem resistindo há anos, pelo
menos desde que a acompanho, na 51a. posição, poucos degraus abaixo do grupo de
países com os
melhores IDHs, mas trinta e tres degraus acima de nós.
Entretanto, a ideologia que nos
domina vem detratando a prodigiosa ilha que sofre as agruras de um embargo
genocida há 50 anos.
E por falar em embargo, ela também acaba de
vencer na ONU, pelo vigésimo ano consecutivo, o grande império por 186
votos a seu favor - contra o embargo - e apenas 2 minguados votos contra a
ilha, um deles do próprio império e o
outro de Israel, seu protetorado.
Diante de tanta discrepância, a dúvida segue
sendo o princípio da
sabedoria, como nos aconselha o velho e bom Aristóteles. A bem da verdade, não entendo
como ainda resiste a credibilidade desta mídia.
Um comentário:
Muito preciso o artigo.
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